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Sou mar

  • Foto do escritor: Vera Purcina
    Vera Purcina
  • 16 de dez. de 2020
  • 1 min de leitura

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Sou mar

Aparentemente calmo e raso

Mas salgado e profundo

Engano

Quem não me conhece

Afunda

Quem não percebe os limites

E pisa descuidado

Quem pensa que dirige o barco

E esquece que dou o balanço

Sei beijar os pés

De quem chega devagar

Ajudar o equilíbrio

De surfistas respeitosos

Das ondas, da água

Sou líquido, imbebível

Nada de matar a sede

Sou é habitat de bichos

De plantas

Imensurável grande

Assustador e instável

Mudo de cor

De odor

Sou da natureza

Incontrolável e sem fim

Mas encontro o firmamento

No infinito

Nos misturamos

E me torno céu.

Vera Purcina

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