Ameaça Pandêmica
- Vera Purcina
- 21 de jul. de 2020
- 1 min de leitura

A morte a rondar
Todos os dias vem buscar
O amigo do amigo do amigo
Gente que ouço falar
De todo lugar
Que até entristeço
Já é no após, no depois
Quando o conheço, padeço
Já viveu e já passou
Deixou tudo o que tinha
Foi embora, de repente
Sinto arrepio na espinha
Amanhã quem será
O convocado serei eu?
Ou você, meu grande amor
Ai! Não suportarei tal dor
Uma questão de respiração
Faltar o ar
Endurecer o pulmão
O que não se pode comprar
Disseram que a morte só alcança
Quem não faz força para viver
Quem não faz por merecer
E desiste. Será?
Aquele que enfia a cabeça no chão
Não chora e não curte
Se escondeu na viagem
Emprestou para outro, sua passagem
Essa morte podia levar somente
Quem envenena, trai e mente
Subtrai e odeia
A pessoa feia
Que já descartou o sentimento
Cheio de recalque, o mesquinho
Sofredor, que leva problemas
Magoa quem se aproxima pertinho
O idiota completo
Rastejante pelo chão
Que não dignifica a graça de viver
E não vale um tostão
Mas, oh morte fatalista
Eu suplico, não faça refém
Deixe viver aqui, em paz
Quem for do amor e do bem!
Vera Purcina
Atualmente, há muitos sentimentos de perda e dor pelo ar. A elaboração do luto é muito importante na sua vida. Se precisar, faça psicoterapia.




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