O Carinho para o Bebê

O carinho é essencial para todas as pessoas. Principalmente nos primeiros anos de vida, gestos simples de ternura como olhar, tocar, beijar o bebê; cantar, conversar .., é muito importante.

Os adultos acreditam que a criança tem o particular dom do esquecimento, mas não é assim. Tudo o que lhe acontece é registrado de uma forma ou de outra e, se durante a infância as experiências forem gratificantes, com amor e carinho, a criança terá uma melhor visão da vida e das pessoas, quando crescer. Enquanto que, ao contrário, quando captar sentimentos de indiferença e rejeição, poderá se desenvolver com medo e insegurança e tornar-se um adulto de difícil convivência e até, problemático.

Então, não pense que, se receber atenção, a criança se tornará manhosa e cheia de vontades. Pois, na verdade, sentindo-se amada e protegida, ela ficará mais segura e terá maior facilidade de se adaptar às situações da vida.

Claro que carinho, aqui, não significa mimar ou satisfazer todas as vontades da criança. Significa gostar de estar ao seu lado, aceitá-la, dar limites, tomar conta dela, prezar pelo seu bem estar.

A criança poderá reagir ao sentimento de falta de amor de várias maneiras. Algumas se isolam no mundo criado por elas mesmas ignorando o que se passa ao redor, outras vão compensar essa falta pedindo coisas ou pegando coisas de outras crianças, outras se machucam ou à outrem. Eternas insatisfeitas e infelizes, evidenciarão , de algum modo, o seu sentimento de vazio e de carência afetiva. E, geralmente, apresentando comportamentos inadequados.

Portanto, os adultos devem se conscientizar do valor e da seriedade dos cuidados para com a infância, refletindo sobre as próprias atitudes e exteriorizando sentimentos de amorosidade. Principalmente compreenderem que, em se tratando de educação, a recuperação é sempre mais difícil e dolorosa do que a formação. E focarem todos os recursos e energias possíveis na formação das crianças, seja física, emocional e espiritualmente.

Vera Purcina