O Brincar

Mesmo desfrutando de todo o avanço tecnológico atual, às vezes me preocupo...É que, apesar de estar imersa no mundo digital, que realmente chegou para facilitar nossas vidas, penso que não devemos abandonar as brincadeiras que acontecem "face a face", com as pessoas ao lado umas das outras. Nelas, percebe-se a afetividade correndo solta: frente um conflito, não se pode deletar o colega e frente uma emoção, pode-se abraçá-lo... as situações demandam soluções ali, na hora. Fica mais fácil exercitar o diálogo, o lidar com os sentimentos, com a tolerância, o respeito.

A recreação caracteriza-se pela participação ativa e absorvente, integradora por envolver "corpo e alma", em ocupação livremente buscada e não visa a outro fim que não a própria alegria do fazer. Quando o brincar permite satisfazer o espírito do ser humano, oferece oportunidades culturais, permite escapar do desagradável com a diminuição da tensão emocional, é experiência complementar, atividade compensadora, descarga de impulsos agressivos, fuga de pressão social que provoca frustração e/ou ansiedade.

O brincar deve ser visto com seriedade, pois está relacionado ao desenvolvimento global dos indivíduos. Ele é necessário pois integra o mundo interno e externo. É passado de geração para geração. Os adultos de hoje são as crianças de outrora. Aquele que ainda brinca e joga, que se exercita individualmente ou em grupo, além de atuar como educador para as crianças, geralmente leva o dia a dia de forma mais saudável, com humor e leveza.

Enfim, espero que, sem nos fecharmos frente ao novo, saibamos filtrar e conservar em nossas vidas o que de bom experienciamos. E deixar um bom legado para o futuro.

Vera Purcina

Divirta-se brincando de bandinha, recortes, colagem, bola: voleibol, futebol, queimada, dona da rua, balança caixão, amarelinha, coelhinho sai da toca, pular elástico, pique, esconde esconde, passar anel, beijo, abraço, aperto de mão, detetive, seguir o mestre, stop, jogo da velha, telefone sem fio, casinha, roda, etc.