TOC

O transtorno obsessivo-compulsivo é um transtorno da ansiedade. A pessoa, geralmente, sente que a sua ansiedade está aumentando e vai se sentindo bem desconfortável (ou seja, o TOC dá sinais de que está se desenvolvendo).

Ao longo da vida, as pessoas podem apresentar, de forma passageira, obsessões e compulsões vinculadas a preocupações reais. Podem apresentar também alguns rituais (manias) relacionados a situações constrangedoras. Porém, apesar dos pensamentos e rituais ficarem recorrentes por determinados períodos, finalizam com o passar do tempo ou com a resolução do problema.

No transtorno obsessivo-compulsivo a pessoa se sente tomada por obsessões e compulsões, que ficam fora de seu controle e atrapalham o funcionamento da sua vida no geral.

Obsessões são pensamentos impulsivos ou imagens recorrentes e persistentes que são intrusivos e não cessam com facilidade. Não são meras preocupações excessivas com problemas da vida real. A pessoa tenta neutralizá-los com outros pensamentos ou ação, mas, geralmente, vai obter sucesso com o uso de algum medicamento psiquiátrico. São, na verdade, produtos da própria mente.

Pensamentos relacionados ao medo de ficar na miséria e pensamentos de cunho sexual são alguns exemplos de pensamentos obsessivos.

Compulsões, por outro lado, são comportamentos repetitivos ou atos mentais que a pessoa se sente compelida a fazer em resposta a uma obsessão ou de acordo com regras rigidamente auto impostas.

A necessidade intensa e incontrolável de contar os desenhos da calçada enquanto caminha ou de lavar as mãos para que não seja contaminado são exemplos de compulsão.

As obsessões e compulsões geram sofrimento, consomem tempo e energia e atrapalham a rotina do indivíduo interferindo na sua vida pessoal, profissional ou acadêmica.

Cada pessoa deve estar atenta à intensidade e rigidez das próprias manias ou rituais. Deve cuidar da sua ansiedade, da auto cobrança e fortalecer sua segurança interna e sua autoestima.

É importante distinguir aquelas manias que fazem parte dos hábitos que os indivíduos desenvolvem para lidar com o dia a dia e até para tratar situações de estresse daqueles outros rituais que interferem na sua vida individual e social, causando-lhe sofrimento e saindo do seu controle.

Neste último caso, não deve hesitar em procurar a ajuda especializada dos profissionais da área psi (psicologia e/ou psiquiatria). Iniciando um tratamento adequado, em pouco tempo vai se sentir bem melhor e aliviado.

Vera Purcina